segunda-feira, 30 de julho de 2012

Burn

Como posso olhar uma foto
E não chorar de saudade?
Como posso olhar uma foto
E não sentir algo assassino?

Veja bem, você fugiu
Me deixou aqui sozinho
Quero apenas dizer uma coisa
Suma do mundo, desapareça

Sente aqui do meu lado
Quero te contar sobre mim
Sobre o que eu vivi
E sobre o que não esqueci

Sorri, chorei, tentei viver
Longe de você e tudo que vivemos
Não olhe pra mim assim
Seus olhos são pura saudade

Veja bem, você fugiu
E agora passou da hora de seguir
Não passe perto de mim
Ou sua vida vai ser minha


sábado, 28 de julho de 2012

Com amor, Pedrinho


Ontem fez 2 anos que perdi tudo
Naquele dia frio de julho
Éramos perfeitos
Um corpo se unindo ao outro

Nostalgia, amargura
Tudo isso vem me assaltar
Leva o que já não tenho
Me deixando vazio, seco

Não olhe pra mim
Você sabe que tem olhos lindos
São tudo que eu sempre quis
Porque você me deixou?

Não me chame, nunca mais
Pois tenho medo de responder
E de repente você me abandonar
Assim como fez antes, e me deixou só

Hoje não posso chorar
Nada disso me incomoda mais
Tudo foi ótimo
Mas hoje não passa de lembrança


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Passarinhos

Quando você ver isso
Saberá que falo de você
Em noites tão vazias
Você vai ler, e chorar
Em toda minha vida
Sempre estive no abismo
Hoje a vida dança
E eu não consigo acompanhar
Cerveja, cigarros,
Uma dose de whisky
Ruas movimentadas
Carros mergulhando
Cabeça vazia, mas pesada
Idiotas reclamando
A vida é bela
Mas eu não consigo sentir isso
A morte leva as pessoas que nos amam
E no final ficamos sempre sozinhos


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pedras

Eu tento ser, eu tento seguir
Mas há tantas barreiras no caminho...
Sempre há uma praça ou uma rua
Me trazendo a amarga lembrança

Me deixe ir
Me deixe viver
Eu simplesmente não consigo
Seguir em frente

Trago flores mortas
Ao enterro de alguém
Não vai fazer diferença
Todos partiram, eu fiquei

Me deixe seguir
Me deixe em paz
Eu não consigo
Sentir o amor

Subornando o tempo
Eu pago, ele corre
Me sinto preso, triste
Os dias não têm sentido

Me deixe livre
Me deixe correr
Eu simplesmente não consigo
Te olhar e não chorar.



terça-feira, 24 de julho de 2012

Vinte e Três

Utilizei metade da minha ironia
E quase toda minha boa vontade
Música, a essência doce perfumada
São 23 anos, tão lentos e frios.

Apesar de toda rotina
Foi estranho quando lá cheguei
Naquela noite de inverno
E você não estava lá.

Brincando em frente de casa a tarde
Surge uma sombra estranha no portão
Era apenas um velhinho
Me olhando com olhos de saudade

Secos, sujos, imundos
Esses pensamentos sobre a vida
Nunca me deixam dormir
E toda noite me embriagam.

Pare de reclamar, seu crianção.