terça-feira, 10 de abril de 2012

Leveza do ser

Correndo atrás da própria sombra
Cortando os pés nessa estrada de espinhos
Logo ali tem um rio, vou poder nadar
E mergulhar em profundo desprezo
Pensando que isso será um alívio

Longe, longe, sinto tudo isso
É quase uma sintonia perfeita
Gerando raios imensos de ódio sobre nós

Garrafa de whisky barato na mesa,
Violão jogado na cama
Fios, lixo, roupas
Copos sujos, livros, café

Vou até a cobertura do prédio
Tiro toda minha roupa
E me jogo no ar, são 35 andares
Só assim posso dizer
Que estou realmente livre,
Nem que seja até atingir o solo.

Pode me dizer o que vem depois?